quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vida sem armas


A Campanha Nacional do Desarmamento 2011 atingiu em seis meses, o número de armas recolhidas na campanha de 2008/2009 uma marca de 30 mil armas de fogo. A Campanha do Desarmamento tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira para retirar de circulação o maior número de armas de fogo possível e contribuir para a redução da violência no País. A estudante Ana Paula, 16, vê esta iniciativa muito positiva para toda a sociedade. “De pouco em pouco a campanha consegue retirar de circulação muitas armas de fogo que estariam nas ruas causando possivelmente a morte de muitas pessoas inocentes, aqueles pais de família que não têm nada haver com a situação”.

Estudos como o mapa da violência , divulgado em fevereiro deste ano pelo Ministério da Justiça, apontam diminuição da violência e queda nos índices de homicídio no período das campanhas anteriores. Portanto, a medida se mostra eficaz e cumpre determinação do Estatuto do Desarmamento. Metade das armas entregues na campanha são revólveres (15,4 mil), especialmente os de calibre 38. Armas de grande porte, como fuzis (77), rifles (419), espingardas (4.049), entre outros, representam 20% do total. “A penalidade para as pessoas que forem flagradas portando uma arma de fogo irregular é de 2 a 4 anos de reclusão, e no caso de arma de uso restrito é de 3 a 6 anos” afirma o delegado da Policia Federal Geraldo Barizon Filho.

A iniciativa atual para a entrega das armas traz quatro novidades: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização imediata do artefato; a ampliação da rede de recolhimento de armas; e a agilidade no pagamento da indenização, que pode ser sacada após 24 horas e em até 30 dias. “O cidadão que tiver arma legal ou irregular deve ir na delegacia de policia federal na rua 15 de novembro, não será identificado e posteriormente receberá uma numeração juntamente com uma senha para ir no banco do Brasil na opção desarmamento e retirar o valor da indenização que variam de 100 a 300 reais” explica Barizon.

Já a partir do ano que vem às pessoas que entregarem sua arma não receberam remuneração e terão sua identidade revelada.Em outubro, o Ministério da Justiça assinou com Ministério da Defesa e o Conselho Nacional de Justiça, acordo para viabilizar a destruição de armas que estão sob a guarda de fóruns e tribunais em todo o país. Estima-se que o total chegue a 700 mil, incluindo armas brancas.


Amanda Zopelaro

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